quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

         O inconsciente
             Lendo sobre psicologia, o inconsciente, lembrei-me de um exemplo concreto. Minhas memórias tristes. Por longos anos vivenciei as consequências de um inconsciente bem traumatizado, que me fez passar por situações ridículas e tristes. Ao ler sobre a psicanálise e assistir o vídeo que fala das concepções de Freud, percebi que se encaixam perfeitamente em minha realidade vivida. A influência que meu pai teve sobre minha educação, o dia-a-dia, onde ele me ensinava a não conviver com as outras pessoas.
              Por quê?  
             “Ninguém no mundo presta, só ele” - Era o que me dizia.
            Fez com que eu crescesse com grande medo de me relacionar com outras pessoas, o fato dele ser muito incisivo em suas afirmações e ser muito agressivo se refletia diariamente, principalmente na escola. Quando criança eu era ótima aluna,aprendia rápido, tudo, mas não me relacionava, meninos então... Não podia chegar perto! Se algum se aproximava eu batia sem dó nem piedade, às vezes nem sabia por que estava batendo, mas ele era menino e chegou perto! Eu batia!
          Fui ao magistério, lá estudei muito, li muito e conheci a psicologia, então comecei a compreender um pouco mais sobre as influências, a inconsciência e comecei a mudar, a enfrentar meus medos. Mas o inconsciente...! Ao chegar à faculdade, pensei eu estar bem evoluída, bem melhor. Mas...
           Certo dia meu magister de latim disse: aproveitem estes 5 minutos que vou lhes dar para se reunirem e tirarem Xerox do polígrafo para a próxima atividade. Eu, tranquila, me levantei peguei minhas moedas e fui perguntar ao professor onde estava o polígrafo para reproduzir, e ele prontamente me disse que estava com o aluno “Paulo” e que eu deveria entregar as moedas e ele faria a cópia para todos. INCONSCIENTEMENTE eu fiquei paralisada e disse ao professor: Não posso, não falo com homens, e desconhecidos!
            Eu tinha 22 anos!
            Depois que falei isto em voz alta e o professor não entendeu nada, percebi o que havia feito e o quão besta era isto; e ainda assim com muita dificuldade fui até o colega entregar-lhes as moedas, mas mal conseguia falar.


             Acho que estes são exemplos bem definidos do poder do inconsciente em nossa vida. Segundo Freud o inconsciente refere-se a um agrupamento de desejos, sentimentos ou conjunto de ideias que foram reprimidos, e tornaram-se inconsciente.
            Bem, se com uma pessoa adulta, com uma formação, graduando-se, já é bem difícil perceber e lidar com estas circunstancias; com as crianças que lidamos hoje é muito pior.

             A desestruturação familiar, a imaturidade, a rapidez com que vivenciam os fatos faz com que tenham várias atitudes inconscientes nas quais nós devemos reconhecer e tratar da melhor forma possível para auxiliá-los a superar.












http://filhasdesigmund.blogspot.com.br/2013/11/o-consciente-pre-consciente-e.html

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