domingo, 6 de dezembro de 2015

                               


Complexo mundo da educação



   Ao passar dos anos, décadas e séculos, muito se viu mudar no âmbito da educação, conforme Julia Varela e Fernando Alvarez, a escola pública, gratuita e obrigatória foi instituída em princípios do século XX, mas não surgiu de repente, uma série de dispositivos foi reunido e instrumentalizado e começou a emergir e se configurar a partir do século XVI. Isto foi só o começo, muitas pedagogias surgiram, muitos autores e pensadores, várias coisas foram averiguadas e analisadas para chegarmos ao patamar que estamos e que ainda não é o melhor para a aprendizagem.
                                    O psiquiatra e psicoterapeuta Augusto Cury faz uma colocação bem interessante:
                               Os jovens de hoje raramente vivem o sonho de Platão (o prazer de aprender), de Paulo Freire (ter autonomia, opinião própria), de Jean-Paul Sartre (ser dono do próprio destino), de Sigmund Freud (um ego que vive o principio do prazer com maturidade), de Victor Frankl (um ser humano em busca do sentido existencial) e o meu sonho (o desenvolvimento de um EU maduro, capaz de proteger a emoção, gerenciar pensamentos e trabalhar outras funções complexas da inteligência para aprender a ser autor da própria história).
                                Os professores reclamam que os alunos estão cada vez mais agitados, ansiosos e alienados. Mas toda mente é um cofre; não existem mentes impenetráveis e sim chaves erradas.

                             Muitos professores se preocupam com os conteúdos ou com somente o comportamento, sem ver o lado do aluno, sem reconhecer de onde vem este aluno e seus problemas para poder ajudar este a superar suas dificuldades e então concretizar a aprendizagem; fazer com que este aluno se sinta querido e parte do ambiente em que está inserido, pois só quando a criança se sente feliz com as pessoas e o lugar onde está consegue aprender, ter vontade de descobrir um mundo novo.


sábado, 5 de dezembro de 2015

A importância de brincar

                   O brincar é unir os dois mundos. Brincar para as crianças é trazer alegria para sua vida, é viajar para longe, conhecer novos horizontes e fugir da realidade, é expor o que está dentro de si.
                   Quando a criança brinca, ela se realiza, ela cresce, ela aprende e muitas vezes assimila o que viveu; quando ela brinca na escola, ela uniu dois mundos, o da aprendizagem e conhecimento escolar com as alegrias do brincar.
                      A escola deveria proporcionar ao aluno  esta alegria; se os alunos estivessem felizes com a escola, se sentissem felizes em estar na escola , a aprendizagem ocorreria de forma natural, mais rápida e seria muito melhor absorvida por todos, indiferente de classe, de contexto familiar ou de idade.




                   Na educação infantil, tudo é novo para a criança, e ela interioriza cada detalhe do que vive de bom ou ruim; isto pode causar grandes aprendizagens para sua vida ou grandes traumas. 

                  Por exemplo: se na educação infantil a criança é mantida em um pequeno espaço, pode ser um chiqueirinho, ou presa a uma cadeirinha, como o bebe conforto, ela irá demorar muito mais tempo para aprender a engatinhar e caminhar; se na hora de tirar as fraldas ela for maltratada toda vez que fizer xixi na calça ou no chão, criará um imenso medo, receio de ficar sem as fraldas e pedirá para recolocá-las. Estes são alguns exemplos próprios que meu filho do meio vivenciou na escolinha de educação infantil; depois de alguns dias de eu tirar-lhe as fraldas, ele começou a não querer ir mais para a escolinha e chorava desesperadamente; ao conversar com a professora e diretora observei que elas não gostavam da situação e preferiam que esta etapa fosse totalmente resolvida em casa e que ele só voltasse quando estivesse pronto, chegaram a dizer que ele tinha problemas neurológicos e que não se relacionava com os colegas; tirei ele da escolinha e o levei a todos os especialistas necessários e descartamos esta possibilidade; ao trocá-lo de escola; local onde ele é muito querido hoje e amado, ele aprendeu rapidamente a usar o vaso, adora ir para a escolinha, e se relaciona muito bem com todos seus coleguinhas.
 Podemos ver diante os fatos como é importante para a criança sentir-se bem no ambiente escolar, sentir-se feliz e que brincar tem grande influência em sua aprendizagem.
                    Nas colocações de Georges Snyders: a alegria faz parte da luta por transformar a escola e a educação. Ele coloca que se ensinado com alegria, este aluno poderá atuar na sociedade modificando-a e superando as contradições e problemas que esta apresenta;... renovar a escola a partir de uma transformação dos conteúdos culturais.

                Na minha infância lembro de brincar muito com bonecas e na escola  de andar de balanço, era o que eu mais gostava, com as bonecas a sensação de liberdade de escolha e de poder mandar e coordenar, e no balanço a sentir-me livre e leve, voando. Aprendi brincando a ser mais independente e a observar tudo e todos com mais atenção e compreensão.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Educar uma infância pós-moderna.



            Tarefa difícil nos dias atuais é educar. De modo geral.
             Educar sempre foi uma tarefa de grande importância  e que necessitava grande dedicação, mas nos dias atuais a situação se complicou; antes tinha-se um norte a seguir ou a fugir; as famílias tinham sempre alguém em casa, uma mãe, vó ou tia disponível para os cuidados domésticos e educacionais; seguiam uma religião que lhes dava também uma posição definida no seu meio. Hoje  não se tem uma estrutura padrão de família, um meio educacional adequado a criança, tudo é muito diverso e os pais de hoje, são daquela geração de crianças que foram criadas sem norte, portanto sem saber o suficiente nem para elas; como podem serem hoje adultos com condições de  nortear seus filhos para que estes sejam críticos e analíticos. Ou foram criados sem estrutura e sem as necessidades básicas ou com muitos bens materiais mas nada de valores éticos e morais.


             Aqueles que vencem esta barreira precisam de muito esforço e dedicação para crescer na vida e realizar suas conquistas.
            Explicar que a tão sonhada LIBERDADE vendida pela mídia, na verdade é uma prisão, onde não se tem liberdade de se fazer o que quer e deve mas sim a obrigatoriedade de se igualar aos outros dentro de uma sociedade consumista e vazia, que a criança tem que se unir a uma TRIBO, e seguir seus parâmetros de consumo e de hábitos para ser aceita por aquele grupo, a criança acredita que escolheu, mas foi induzida a escolher um grupo e se igualar a este, não pode por exemplo gostar de vários, pois assim será considerada estranha e portanto excluída do meio em que está incluída.


            Os próprios pais seguem uma vida levada pelas influências da mídia, partindo do princípio de que tudo está pronto e é só consumir, sem questionar, não é preciso pensar e analisar o que está acontecendo ao seu redor, não há tempo, pois se tem muito a fazer, as crianças nascem em meio a este turbilhão de informações distorcidas e irreais de mundo, que constantemente mostra a elas o que comer, o que vestir, o que fazer e em que momento, os pais se consideram desnecessário na aprendizagem e evolução dos filhos, estão ainda crescendo e aprendendo para eles mesmos e isso não lhes deixa tempo para pensar no outro; na criança.
            A sociedade já está em um ciclo vicioso de mudanças irreais, pois tudo está se repetindo; dizem que estão melhorando a sociedade aceitando as diferenças, mas na verdade só estão classificando a todos ( de novo ), mas de uma outra forma; muda-se a nomenclatura, mas a essência é a mesma.

Vale a pena ler:

O jovem na sociedade
O Brasil possui uma população de 190 milhões de pessoas, dos quais 60 milhões têm menos de 18 anos de idade, o que equivale a quase um terço de toda a população de crianças e adolescentes da América Latina e do Caribe. } Contudo, as crianças são especialmente vulneráveis às violações de direitos, à pobreza e à iniqüidade no País. Por exemplo, 29% da população vive em famílias pobres, mas, entre as crianças, esse número chega a 45,6%.
O Brasil tem 21 milhões de adolescentes com idade entre 12 e 17 anos. De cada 100 estudantes que entram no ensino fundamental, apenas 59 terminam a 8ª série e apenas 40, o ensino médio. A evasão escolar e a falta às aulas ocorrem por diferentes razões, incluindo violência e gravidez na adolescência. O país registra anualmente o nascimento de 300 mil crianças que são filhos e filhas de mães adolescentes.
As crianças e os adolescentes são especialmente afetados pela violência. Mesmo com os esforços do governo brasileiro e da sociedade em geral para enfrentar o problema, as estatísticas ainda apontam um cenário desolador em relação à violência contra crianças e adolescentes. A cada dia, 129 casos de violência psicológica e física, incluindo a sexual, e negligência contra crianças e adolescentes são reportados, em média, ao Disque Denúncia 100. Isso quer dizer que, a cada hora, cinco casos de violência contra meninas e meninos são registrados no País.
Esse quadro pode ser ainda mais grave se levarmos em consideração que muitos desses crimes nunca chegam a ser denunciados. O País tem ainda o desafio de superar o uso excessivo de medidas de abrigo e de privação de liberdade para adolescentes em conflito com a lei. Em ambos os casos, cerca de dois terços dos internos são negros. Cerca de 30 mil adolescentes recebem medidas de privação de liberdade a cada ano, apesar de apenas 30% terem sido condenados por crimes violentos, para os quais a penalidade é amparada na lei.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF está presente no Brasil desde 1950, liderando e apoiando algumas das mais importantes transformações na área da infância e da adolescência no País, como as grandes campanhas de imunização e aleitamento, a aprovação do artigo 227 da Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente, o movimento pelo acesso universal à educação, os programas de combate ao trabalho infantil, as ações por uma vida melhor para crianças e adolescentes no Semiárido brasileiro.
Aproximadamente 60 milhões da população brasileira é composta por jovens.
Mais de 45% da população que vive na miséria e pobreza são crianças e adolescentes.
Entre 100 jovens de 12 a 17 anos, apenas 40 terminam o ensino médio.
Dos milhares de bebês que nascem no ano, 300 mil são mães adolescentes.
Os Jovens são os que mais sofrem com a violência urbana.
A violência do Estado.
A violência Psicológica.
A violência Doméstica e Sexual.
A Família não é apenas um grupo social, mas um fenômeno social. Na Família que se dá início ao processo de socialização, educação e formação para o mundo. Os grupos familiares caracterizam-se por vínculos biológicos, mas sua constituição ao longo da história em todos os agrupamentos humanos não se limitou apenas ao aspecto da procriação e preservação da espécie, mas tornou-se um fenômeno social.
As famílias são consideradas grupos primários, nos quais as relações entre os indivíduos são pautadas na subjetividade dos sentimentos entre as pessoas. } Assim, os laços que unem os indivíduos em família não se sustem pela lógica da troca, da conveniência do relacionamento a partir de um cálculo racional como que em um contrato no mundo dos negócios. } Ao contrário, a família é um grupo informal, no qual as pessoas estão ligadas por afeto e afinidade, e que por conta deste sentimento criam vínculos que garantem a convivência.
Mas o que dizer dos inúmeros problemas familiares que tanto se ouve falar ou mesmo que se pode enfrentar no dia a dia? } Resposta vem de até certo ponto, é possível afirmar que a gênese dos conflitos familiares está no momento em que as bases da união, deste grupo começam a ser minadas pelo despontar das personalidades, das opiniões diferentes, da individualidade de cada membro, o qual não abre mão daquilo que lhe é particular (enquanto indivíduo) em nome da família.

http://pt.dayshare.org/dinicmax/o-jovem-na-sociedade

Trabalho infantil e o ECA




                É muito complicado falar  das crianças na sociedade atual, onde os valores estão bem destorcidos. 
Hoje é visto crianças trabalhando em televisão, rádio, campanhas publicitárias, etc.
 E algumas pessoas acham lindo, outros criticam.
 Existem pessoas que realmente exploram crianças para ganhar dinheiro a custas delas; algumas dizem que está na moda, que não vai afetar em nada quando o trabalho é na mídia, enquanto outras as colocam no trabalho para ajudar a família e educá-las no contexto familiar e isto também é visto com maus olhos. Por um filho para varrer a casa, lavar sua roupa, seu prato ou secar a louça, limpar seu tênis, eram tarefas comuns antigamente; aproximava a criança das funções familiares, das responsabilidades de cada um, hoje é exploração. Colocar uma filha para concorrer a concursos de beleza aos 7 anos com exaustivas 6 ou 7 horas de dedicação, treino, fotos, e afins; o que é? Desviar seu filho das aulas e convívio familiar para se tornar cantor (a), ou fazer books fotográficos para empresas, para comerciais, isto sim pode?
Tornar uma criança consumista, viciada em beleza, neurótica com a alimentação e higiene, traz quais benefícios a ela?
Segundo Freud, é na infância que se constrói o adulto bem resolvido, ou o adulto cheio de traumas e transtornos psicossomáticos, a criança precisa sanar todas as fases da infância, sua evolução natural, as fases oral, anal, fálica, reconhecer seu crescimento e suas mudanças , mas quando aceleramos este processo, acabamos por pular fases e deixar estas lacunas na vida desta criança trará consequências em algum momento de sua vida. Chegamos então ao ponto, que considero um dos mais críticos da evolução, a adolescência, quando o jovem trás a tona todas suas angústias, traumas e danos causados na infância.
O nosso jovem atual vive em constantes conflitos sociais, participa de ações coletivas de desordem, destruição de patrimônios públicos, vandalismos, muitas agressões gratuitas, muitos atos indevidos para com os outros e até apara consigo mesmo, várias transgressões que os pais não sabem lidar e muitas vezes dizem nem saber o porquê.
No nosso país criou-se o ECA, um estatuto para proteger as crianças e adolescentes, mas a forma como este foi apresentado a sociedade e recebido por muitos foi desastrosa em muitos sentidos. Não tem subsídios necessários para se fazer cumprir tudo que é requisitado no estatuto. Muitos não tem o conhecimento e discernimento necessário para tratar os casos decorrentes das distorções de compreensão do estatuto.
 A criança e adolescente tem direitos, mas quem os cumpre?
Quando esta criança tem família se cobra desta família e quando não tem, o governo deveria assumir as rédeas, mas não o faz.
 Exemplo: uma criança tem o direito de estudar e de ter horas de lazer, portanto não pode trabalhar, nem com os pais na lavoura, mas o governo não tem como manter esta criança sendo atendida nestas horas, ditas, de lazer, não se tem suporte para cuidar de tantas crianças e adolescentes nestas horas.  Nem escolas infantis para os berçários, maternais, e jardins de infância.  O que ocorre: Esta criança não fica com seus pais no ambiente de trabalho, mas pode ficar na rua exposta as drogas e a marginalidade. Acredito que a criança tem o direito a infância e isso não deva ser tirado dela, mas sem ser explorada, é melhor  estar na lavoura aprendendo de onde vem seu sustento do que ficar na rua se drogando, traficando, roubando, adentrando no mundo do sexo muito cedo e desordenadamente. O jovem não tem ambientes, suficientes para tantos,  preparados próprios para o período da vida em que estão.
                A sociedade vive um momento confuso e egocêntrico, onde se pensa muito em si próprio, no bem pessoal, no consumo exagerado, no prazer desproporcional e incondicional, e não em uma estruturação social geral; família, governo e país.

Onde vamos parar?

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

         O inconsciente
             Lendo sobre psicologia, o inconsciente, lembrei-me de um exemplo concreto. Minhas memórias tristes. Por longos anos vivenciei as consequências de um inconsciente bem traumatizado, que me fez passar por situações ridículas e tristes. Ao ler sobre a psicanálise e assistir o vídeo que fala das concepções de Freud, percebi que se encaixam perfeitamente em minha realidade vivida. A influência que meu pai teve sobre minha educação, o dia-a-dia, onde ele me ensinava a não conviver com as outras pessoas.
              Por quê?  
             “Ninguém no mundo presta, só ele” - Era o que me dizia.
            Fez com que eu crescesse com grande medo de me relacionar com outras pessoas, o fato dele ser muito incisivo em suas afirmações e ser muito agressivo se refletia diariamente, principalmente na escola. Quando criança eu era ótima aluna,aprendia rápido, tudo, mas não me relacionava, meninos então... Não podia chegar perto! Se algum se aproximava eu batia sem dó nem piedade, às vezes nem sabia por que estava batendo, mas ele era menino e chegou perto! Eu batia!
          Fui ao magistério, lá estudei muito, li muito e conheci a psicologia, então comecei a compreender um pouco mais sobre as influências, a inconsciência e comecei a mudar, a enfrentar meus medos. Mas o inconsciente...! Ao chegar à faculdade, pensei eu estar bem evoluída, bem melhor. Mas...
           Certo dia meu magister de latim disse: aproveitem estes 5 minutos que vou lhes dar para se reunirem e tirarem Xerox do polígrafo para a próxima atividade. Eu, tranquila, me levantei peguei minhas moedas e fui perguntar ao professor onde estava o polígrafo para reproduzir, e ele prontamente me disse que estava com o aluno “Paulo” e que eu deveria entregar as moedas e ele faria a cópia para todos. INCONSCIENTEMENTE eu fiquei paralisada e disse ao professor: Não posso, não falo com homens, e desconhecidos!
            Eu tinha 22 anos!
            Depois que falei isto em voz alta e o professor não entendeu nada, percebi o que havia feito e o quão besta era isto; e ainda assim com muita dificuldade fui até o colega entregar-lhes as moedas, mas mal conseguia falar.


             Acho que estes são exemplos bem definidos do poder do inconsciente em nossa vida. Segundo Freud o inconsciente refere-se a um agrupamento de desejos, sentimentos ou conjunto de ideias que foram reprimidos, e tornaram-se inconsciente.
            Bem, se com uma pessoa adulta, com uma formação, graduando-se, já é bem difícil perceber e lidar com estas circunstancias; com as crianças que lidamos hoje é muito pior.

             A desestruturação familiar, a imaturidade, a rapidez com que vivenciam os fatos faz com que tenham várias atitudes inconscientes nas quais nós devemos reconhecer e tratar da melhor forma possível para auxiliá-los a superar.












http://filhasdesigmund.blogspot.com.br/2013/11/o-consciente-pre-consciente-e.html

Sexualidade infantil



                   Um exemplo a ser observado.
                 Mc Melody, cantora de funk, as “músicas” estão disponíveis para quem quiser ouvir tanto na internet como nos rádios; uma criança, pois tem apenas oito anos, e já está exposta nas mídias, da forma mais explicita possível.




   


                Como é possível observar ela está  estereotipando as funkeiras atuais, adultas; com todo o modo erótico, roupas, postura e fala totalmente imprópria para sua idade. Infelizmente este caso tem total apoio do pai, Mc Belinho:
“O pai da cantora se defende e diz que o trabalho de Melody é focado em letras sem palavrões e termos de baixo calão. Belinho, de 27 anos, diz que existe uma perseguição contra o funk e que o sucesso dela incomoda e atrai pessoas que querem se promover.” http://odiagospel.com/noticia/3152/funkeira-de-8-anos-pai-processado-pode-ser-preso--veja-o-motivo
                              
                 Pode-se ver que já estamos ficando tão habituados a conviver com estes casos, que algumas pessoas passaram a achar normal uma menina se exibir ao mundo com roupas muito pequenas, onde mostra grande parte do corpo e de uma forma muito erotisada. Esta por estar direto na mídia é seguida, considerada exemplo para muitas outras meninas que desejam o mesmo sucesso que ela. O fato é que gostando ou não as consequências virão. Hoje acharmos legal isto ocorrer com uma criança, coloca-las neste mundo de sexo sem consequências, sem valorização da mulher, sem respeito pelo próprio corpo e alma; mas as consequências vêm e isso ninguém pode impedir; desde um futuro tumultuado, ou traumas como vemos nas teorias freudianas, até uma falta de futuro. 

                  A sociedade já demonstra sinais desta banalização sexual, com todos estes problemas de mães muito jovens, filhos abandonados, filhos sem o menor amparo familiar, a agressividade, a falta de amor crescente entre as pessoas; enfim tudo vem desde lá, da infância. E o que estamos fazendo com nossas crianças? Estamos a cada dia deixando estas mais desvirtuadas, desestabilizadas e o mundo mais despreparado.








O DESEJO DO SABER
                            “A aprendizagem ocorre porque o estudante ama o mundo. O professor deve ser capaz de orientar esse amor em direção a objetos que sejam objetos de prazer do estudante.” Manoel Tosta Berlinck

                            Já se sabe que se o aluno criar um laço afetivo com seus professores ele consegue aprender muito mais, pois se abre para um mundo de informações a sua frente.


 O aprendizado se torna muito mais difícil quando a criança não aceita intervenções, não aceita o ambiente em que está inserido e ainda cria uma empatia com seus professores. Ela se nega a aprender.
                Quando um laço de carinho se cria entre professor e aluno a aprendizagem se concretiza com mais calma e solidez.
                             Assim como o aluno deve gostar da professora, esta também por sua vez tem que deixar-se amar para que este aluno se sinta bem recebido, acolhido  neste meio e consiga se afastar de toda a carga de problemas que já trás de casa.
                             Com tudo que se vive dentro do ambiente educacional, o aluno acaba muitas vezes transferindo suas angustias, seus desabores, seus medos e preconceitos e até seus amores para dentro da escola. 

                           O aluno  transfere. É o refletir do que está sentindo, consciente ou inconscientemente,  em outro ser; e a contratransferência é a forma com que o outro, colega ou professora, reage a isto. Muitas vezes por desconhecer esta parte da psicologia humana, e por, também, ter seus problemas particulares, o professor reage de uma forma inadequada, agressiva, sem identificar o real problema do aluno; isto acaba por aumentar os problemas na relação professor x aluno, e dificultar a aprendizagem.







O futuro dos professores e da educação


            É super complicado pensar em futuro. Faz com que criemos vários questionamentos em nossas cabeças, começando pelo fato que muito se estuda, se lê, se dedica para estar ali fazendo um trabalho cansativo e desgastante, e não recebemos o mínimo que qualquer ser humano merece , que é respeito. Hoje o professor no Brasil não é valorizado, percebe-se isto não somente pelo salário, mas pelo descaso dos governos diante tantas agressões  que vem ocorrendo com os professores pelo Brasil.



 Pesquisa põe Brasil em topo de ranking de violência contra professores”.

“Uma pesquisa global feita com mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos) põe o Brasil no topo de um ranking de violência em escolas.”

“Na enquete da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana.”

“Trata-se do índice mais alto entre os 34 países pesquisados - a média entre eles é de 3,4%. Depois do Brasil, vem a Estônia, com 11%, e a Austrália com 9,7%.”

“Na Coreia do Sul, na Malásia e na Romênia, o índice é zero.”




O que mais questiono sobre o nosso futuro como educadores é o que irá acontecer quando não tiver mais professores com coragem de ir para uma escola sem escolta, o que irá acontecer quando não haver mais professores em condições de dar aula nas escolas públicas, é obrigatório o aluno estar matriculado e frequentando uma escola, mas não é obrigatório o respeito? Hoje são 12%, e amanhã?  O que percebo é que a situação só piora, a cada dia a sociedade se perde, se desvirtua, claro que sempre haverá algum ser tão pobre de verba e espírito que se disporá a fazer de conta que da aula e ocupar um espaço na escola só para ter um salário para comer, mas educadores de verdade acredito que irá se extinguir, o que será do nosso mundo e da nossa sociedade? Ou começamos hoje a pensar em melhorar este futuro, não tão distante, ou ficará difícil crer que vale a pena tanto esforço por quase nada.







A literatura infantil
A literatura infantil como muitas coisas no mundo também sofreu mudanças, mas aqui no Brasil o que mais me chamou a atenção foi o fato de ter aumentado o número de obras que tratam a questão do negro na nossa sociedade.
Ao estudarmos a formação histórica do Brasil, é facilmente percebido que o nosso país se constituiu de muitas raças e não de uma só, mas possuímos uma absurda hipocrisia de continuar achando que o povo branco é superior e dono das coisas, e portanto o negro não tem vez.
Mas agora já é possível ver mudanças, ainda que pequenas, no nosso cotidiano, um exemplo é a oferta de obras para trabalhar todas estas tendências.
1º- A história fala diretamente sobre os problemas enfrentados pelos negros, aceitação, preconceito, etc...
2º- distancia-se dos fatos sobre a discriminação e racismo e envolve os personagens que são negros em outras tramas normais de literatura infantil.

 3º- Neste caso estes livros falam sobre a diversidade e sobre fatores gerais de convívio humano.

Sugestões de leitura
A antropóloga Heloisa Pires Lima indica 18 opções para integrar o acervo da escola:

A cor da ternura, 
Geni Guimarães, 94 págs., FTD,
tel. (11) 3598-6200

A menina que tinha um céu na boca, Júlio Emílio Braz, 16 págs.,DCL, 
tel. (11) 3932-5222

Adamastor, o pangaré,Marianna Massarani, 24 págs., Melhoramentos, 
tel. (11) 3874 0800

Betina, 
Nilma Lino Gomes, 24 págs., Mazza Edições, tel. (31) 3481-0591

Bruna e a galinha d´Angola, Gercilga de Almeida, 24 págs.,Pallas, tel. (21) 2270-0186

Histórias da Preta,Heloisa Pires Lima, 71 págs., Cia das Letrinhas, tel. (11) 3707-3500

Ifá, o advinho, 
Reginaldo Prandi, 64 págs., Cia das Letrinhas,
tel. (11) 3707-3500

Menino parafuso, 
Ângelo Abu, 36 págs.,Autêntica, 
tel. 0800 28 31 322

Minhas contas, 
Luiz Antônio, 48 págs.,Cosac Naif, 
tel. (11) 3218-1472

O chamado de Sosu,Meshack Asare, 48 págs., Edições SM, 
tel. (11) 2111-7400

O comedor de nuvens,Heloisa Pires Lima, 24 págs., Paulinas, 
tel. 0800 70 100 81

O menino Nito, 
Sonia Rosa, 16 págs., 
Pallas, 
tel. (21) 2270-0186

O Pássaro-da-Chuva,Kersti Chaplet, 24 págs.,Ed. Ática, 
tel 0800 11 5152

O super-herói e a fralda, Heloisa Prieto, 36 págs., Ed. Ática, 
tel 0800 11 5152

Obax, 
André Neves, 36 págs.,Brinque-book, 
tel. (11) 3032-6436

Omo-Oba: histórias de princesas, 
Kiusam Oliveira, 48 págs., Mazza Edições, 
tel. (31) 3481-0591

Princesa Arabela: mimada que só ela, 
Milo Freeman, 32 págs,Ática, 
tel 0800 11 5152

Uma ideia luminosa,Rogério Andrade Barbosa, 23 págs.,Pallas, 
tel. (21) 2270-0186