O
brincar de hoje
Algo
de muito relevante que me lembra todos estes estudos sobre o
brinquedo e o desenvolvimento humano na história e a inevitável
comparação que se faz até mesmo em família, quando observo os
meus filhos e sobrinhos sobre suas brincadeiras e comparo com as
minhas brincadeiras com minha irmã e meus primos. Sou de uma família
pobre que veio do interior, onde eramos livres para brincar em um
grande espaço e desenvolver toda a criatividade que quiséssemos sem
preocupações e criar todas as brincadeiras possíveis; naquele
tempo ajudávamos minha mãe em casa com os afazeres, esticar os
lençóis, dobrar as roupas, arrumar a mesa para o almoço ou jantar,
etc; e mesmo assim sempre sobrou tempo para brincarmos muito e tudo
se desenvolvia melhor.
Hoje meus filhos e sobrinhos precisam de constante atenção, pois a
sociedade está muito perigosa, ficam muito mais tempo presos dentro
de casa ou de creches e são muitas vezes até proibidos de inventar
brincadeiras; pois isto poderia gerar um desgaste para quem os está
cuidando e fugiria do cronograma de cuidados e atividades.
Tem
um cronograma de atividades muito rígido que não lhes permite
explorar nada. Em casa eu tento estimular para que brinquem como eu
brincava antes, mas os interesses são outros, a tecnologia está
muito mais evoluída e chama-lhes muito a atenção. Eles focam seus
interesses em jogos online que já lhes entrega quase tudo pronto e
assim o desenvolvimento deles é outro; percebo que o lado
tecnológico deles é mais desenvolvido, eles tem mais praticidade em
tratar com todos os componentes eletrônicos,celular, tablet,
videogames, etc...
Mas fazer uma caminhada no parque já os cansa muito, para uma
brincadeira de roda ou escravos de jó, já perdem a coordenação e
se atrapalham.
Por fim devemos encontrar o lado positivo desta atualidade social e
crescer com eles nesta evolução sem perder o que tínhamos de bom e
sem deixar que eles se percam de nós.
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