A
vivencia do surdo
Após
ver o filme “sou surda e não sabia” fiquei bem comovida com a
situação vivida na história.
Acredito que a realidade do filme seja realmente a realidade que temos hoje, muita dificuldade de aceitação das pessoas em relação aos surdos. Apesar do decreto (Lei Libras n° 10.436 de 24/04/2002 , Decreto 5626/2005 que regulamenta a referida lei); será um processo longo fazer com que tantos se adaptem e aceitem essa nova realidade.
Acredito que a realidade do filme seja realmente a realidade que temos hoje, muita dificuldade de aceitação das pessoas em relação aos surdos. Apesar do decreto (Lei Libras n° 10.436 de 24/04/2002 , Decreto 5626/2005 que regulamenta a referida lei); será um processo longo fazer com que tantos se adaptem e aceitem essa nova realidade.
Vemos
diariamente que as pessoas são ainda muito preconceituosas sobre
diversas diferenças e com o surdo não é diferente; mesmo sendo uma
pessoas com plenas capacidades para realizar diversas tarefas e viver
independentemente, são visados como deficientes pela sociedade.
Mas
sei também que já está acontecendo estas mudanças positivas,
apesar de lentas; um exemplo disto é que aqui onde trabalho,
Alvorada, abriu, pelo Instituto Federal, várias turmas de ensino de
LIBRAS, o que já irá ajudar em muito a ampliação deste
conhecimento.
O
decreto cita, dentre tantas partes:
Art.21.
A partir de um ano da publicação deste Decreto, as instituições
federais de ensino da educação básica e da educação superior
devem incluir, em seus quadros, em todos os níveis, etapas e
modalidades, o tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa,
para viabilizar o acesso à comunicação, à informação e à
educação de alunos surdos.
Achei
de grande relevância este artigo, pois nos faze crer que onde
estiver uma criança surda esta poderá ser acolhida como se deve.
Acredito
que nem todas as ações previstas no decreto se tornaram efetivas no
nosso cotidiano, mas temos que lutar por mudanças e melhorias
sociais sempre.
Falta
muito conhecimento por parte das pessoas que necessitam deste acesso.
A cultura de procurar se informar de seus direitos ainda é pouca em
nosso país. Isto dificulta o compartilhamento das informações
atualizadas.
O
filme como um todo me chamou muito a atenção, mas como mãe, que
sou, o que mais me tocou foi a atriz relatar que ao saberem que ela
realmente era surda, seus pais se distanciaram dela e ela passou a se
sentir sozinha, um pouco perdida e desamparada pelos pais que eram
tudo para ela; assim como os pais são para seus filhos,
principalmente nos primeiros anos de vida.
Não
ser aceito pela sociedade já é muito difícil, mas não ser aceito
como se é, pelos próprios pais, família, é muito pior.
Outro
ponto muito interessante, foi a declaração de um surdo, dizendo que
agora ele compreende o que havia assistido na televisão, na sua
infância, sobre os índios, e que agora ele sabia que tinha que
lutar pelo que acredita e pelos seus direitos como qualquer outro
cidadão.
O
estudo de LIBRAS, neste curso de pedagogia da UFRGS, me fez perceber
uma nova realidade que me/nos circunda e nem sempre damos a devida
atenção. Nos introduz em uma esfera diferente de concepções que
só quem vivencia compreende.
É
muito gratificante aprender a ser útil diante de novos fatos e
entender a luta que permeia nosso meio.
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