terça-feira, 21 de junho de 2016



A vivencia do surdo

                      Após ver o filme “sou surda e não sabia” fiquei bem comovida com a situação vivida na história.
                     Acredito que a realidade do filme seja realmente a realidade que temos hoje, muita dificuldade de aceitação das pessoas em relação aos surdos. Apesar do decreto (Lei Libras n° 10.436 de 24/04/2002 , Decreto 5626/2005 que regulamenta a referida lei); será um processo longo fazer com que tantos se adaptem e aceitem essa nova realidade.
                   Vemos diariamente que as pessoas são ainda muito preconceituosas sobre diversas diferenças e com o surdo não é diferente; mesmo sendo uma pessoas com plenas capacidades para realizar diversas tarefas e viver independentemente, são visados como deficientes pela sociedade.
                     Mas sei também que já está acontecendo estas mudanças positivas, apesar de lentas; um exemplo disto é que aqui onde trabalho, Alvorada, abriu, pelo Instituto Federal, várias turmas de ensino de LIBRAS, o que já irá ajudar em muito a ampliação deste conhecimento.

O decreto cita, dentre tantas partes:
Art.21. A partir de um ano da publicação deste Decreto, as instituições federais de ensino da educação básica e da educação superior devem incluir, em seus quadros, em todos os níveis, etapas e modalidades, o tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, para viabilizar o acesso à comunicação, à informação e à educação de alunos surdos.
                   Achei de grande relevância este artigo, pois nos faze crer que onde estiver uma criança surda esta poderá ser acolhida como se deve.
                     Acredito que nem todas as ações previstas no decreto se tornaram efetivas no nosso cotidiano, mas temos que lutar por mudanças e melhorias sociais sempre.
                     Falta muito conhecimento por parte das pessoas que necessitam deste acesso. A cultura de procurar se informar de seus direitos ainda é pouca em nosso país. Isto dificulta o compartilhamento das informações atualizadas.
                     O filme como um todo me chamou muito a atenção, mas como mãe, que sou, o que mais me tocou foi a atriz relatar que ao saberem que ela realmente era surda, seus pais se distanciaram dela e ela passou a se sentir sozinha, um pouco perdida e desamparada pelos pais que eram tudo para ela; assim como os pais são para seus filhos, principalmente nos primeiros anos de vida.
                    Não ser aceito pela sociedade já é muito difícil, mas não ser aceito como se é, pelos próprios pais, família, é muito pior.
                     Outro ponto muito interessante, foi a declaração de um surdo, dizendo que agora ele compreende o que havia assistido na televisão, na sua infância, sobre os índios, e que agora ele sabia que tinha que lutar pelo que acredita e pelos seus direitos como qualquer outro cidadão.
                     O estudo de LIBRAS, neste curso de pedagogia da UFRGS, me fez perceber uma nova realidade que me/nos circunda e nem sempre damos a devida atenção. Nos introduz em uma esfera diferente de concepções que só quem vivencia compreende.

                     É muito gratificante aprender a ser útil diante de novos fatos e entender a luta que permeia nosso meio.

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