A auto-estima do professor
Nos dias atuais
poucos professores reconhecem sua real importância para a formação de nossa
sociedade. São tantas as imposições colocadas nas costas dos professores que
estes não sentem o quão necessários são para nossas crianças, adolescentes,
jovens e adultos e por tanto precisam cuidar de si próprios.
Cuidar da saúde
mental e física para terem uma vida saudável e condições de executarem boas
aulas, mais produtivas e menos desgastantes, é fundamental na vida cotidiana
dos professores. Infelizmente, a carga horária extensa e a necessidade de mais
turnos de trabalho, para aumentar seus proventos e suprir suas despesas, fazem
com que estes não tenham tempo disponível para dedicarem-se a sua própria
saúde; seja fazendo exercícios físicos ou tratamento fonoaudiológico, ou mesmo
atividades de lazer.
Existem diversos
outros fatores que ajudam a piorar a situação como o desrespeito dos alunos e
pais, a agressividade, a violência, a difícil situação das escolas e o
desrespeito dos governos.
A atual situação
política e social de nosso país não está auxiliando em nada na auto-estima dos
professores que se sentem, cada dia, mais desvalorizados e desgastados; são
tratados por muitos como insignificantes e até como pessoas que querem receber
sem trabalhar. Muitas são as ofensas escutadas pelos professores durante uma
greve ou paralisação, por exemplo; poucos compreendem o porquê de tal movimento.
Tudo isso está
gerando uma doença pouco conhecida pela sociedade, a síndrome de Burnout;
desconhecida até por muitos profissionais da área médica e da área da educação.
“Quase 50% dos professores brasileiros
apresentam sintomas de estresse ou depressão. Os mais jovens são os que têm
mais dificuldade para lidar com os problemas da profissão; muitos optam por
abandonar o ofício”.
“A Universidade de Brasília (UnB) realizou, a partir de um acordo
com a Confederação c Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), uma grande
pesquisa nacional no final da década passada sobre o burnout com 52 mil
trabalhadores em 1.440 escolas. Esse trabalho foi publicado no livro Educação:
Carinho e Trabalho (Editora Vozes, 434 páginas). Os resultados mostraram que
48% dos entrevistados apresentavam algum sintoma da síndrome.”
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