domingo, 29 de maio de 2016

A auto-estima do professor




Nos dias atuais poucos professores reconhecem sua real importância para a formação de nossa sociedade. São tantas as imposições colocadas nas costas dos professores que estes não sentem o quão necessários são para nossas crianças, adolescentes, jovens e adultos e por tanto precisam cuidar de si próprios.
Cuidar da saúde mental e física para terem uma vida saudável e condições de executarem boas aulas, mais produtivas e menos desgastantes, é fundamental na vida cotidiana dos professores. Infelizmente, a carga horária extensa e a necessidade de mais turnos de trabalho, para aumentar seus proventos e suprir suas despesas, fazem com que estes não tenham tempo disponível para dedicarem-se a sua própria saúde; seja fazendo exercícios físicos ou tratamento fonoaudiológico, ou mesmo atividades de lazer.
Existem diversos outros fatores que ajudam a piorar a situação como o desrespeito dos alunos e pais, a agressividade, a violência, a difícil situação das escolas e o desrespeito dos governos.
A atual situação política e social de nosso país não está auxiliando em nada na auto-estima dos professores que se sentem, cada dia, mais desvalorizados e desgastados; são tratados por muitos como insignificantes e até como pessoas que querem receber sem trabalhar. Muitas são as ofensas escutadas pelos professores durante uma greve ou paralisação, por exemplo; poucos compreendem o porquê de tal movimento.
Tudo isso está gerando uma doença pouco conhecida pela sociedade, a síndrome de Burnout; desconhecida até por muitos profissionais da área médica e da área da educação.

“Quase 50% dos professores brasileiros apresentam sintomas de estresse ou depressão. Os mais jovens são os que têm mais dificuldade para lidar com os problemas da profissão; muitos optam por abandonar o ofício”.

“A Universidade de Brasília (UnB) realizou, a partir de um acordo com a Confederação c Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), uma grande pesquisa nacional no final da década passada sobre o burnout com 52 mil trabalhadores em 1.440 escolas. Esse trabalho foi publicado no livro Educação: Carinho e Trabalho (Editora Vozes, 434 páginas). Os resultados mostraram que 48% dos entrevistados apresentavam algum sintoma da síndrome.




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