domingo, 3 de abril de 2016

Um olhar sobre a educação

                Para nos aproximar do educando desejando que este melhore seu desempenho como aluno e pessoa; precisamos muito mais do que ler muitos livros e de horas de presenças; necessitamos de um olhar mais profundo e dedicado sobre estes.
            A criança, assim como qualquer pessoa adulta, esconde em seu íntimo muitos sentimentos, que lhe causam sensações e geram atitudes que parecem muitas vezes inexplicáveis. O professor por estar olhando de fora destes acontecimentos, e mais distante da realidade do aluno, consegue, algumas vezes, ver o que outros não veem e não compreendem; pois se utiliza da aproximação na escola; em ambiente diferente do qual a criança vive nas horas restantes do seu dia, para poder reconhecer os medos e angústias deste aluno e ajudar da maneira que for possível, fazendo que o próprio aluno reconheça alguns fatos inconscientes e possa superá-los, avançando assim em seu crescimento intelectual e social.
            Para olhar é preciso: competência visual; competência emocional; competência social; competência espiritual. Será que estamos preparados para ver? É o que nos diz a professora Ivone Boechat, mestre em Educação e PHD em Psicopedagogia da Educação.
Como adquirimos estas competências? Através de muito estudo, leitura e vivência, mas acima de tudo, querendo ter um olhar diferente do casual, do comum; colocando junto a tudo isso o nosso próprio sentimento.




“A educação do olhar é um chamamento a todos nós educadores que carecemos privilegiar na escola, experiências humanizadoras e para isso a educação do olhar é a chave para se entender da vida, da prática, da civilidade, honestidade, companheirismo, participação, cooperação, generosidade, respeito às diferenças, justiça etc. A educação do olhar para a formação humana mostra-se oportuna diante do agravamento da crise de valores que atinge o âmago da sociedade brasileira, requerendo de nós, professores, novos olhares a fim de reagirmos sobre a dura realidade na qual existimos e estamos vivendo.” Cidadania: a educação do olhar; CARNEIRO; Maria Cristina C. de A./ Mestre em Educação (CESJF)





“Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.”
                                                                                                                                                                                               Rubem Alves


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